segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Da fome...



Os Três Mal-Amados
João Cabral de Melo Neto

Joaquim:

O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

As falas do personagem Joaquim foram extraídas da poesia "Os Três Mal-Amados", constante do livro "João Cabral de Melo Neto - Obras Completas", Editora Nova Aguilar S.A. - Rio de Janeiro, 1994, pág.59.




"O amor comeu tudo o que havia pra comer.
O amor bebeu até a última gota do que houvesse pra beber.
Depois subiu na mesa (em que agora escrevo). Se ergueu acima de todas as coisas.
E quando já não havia mais nada em volta, apontou em minha direção, olhou fundo nos meus olhos e disse com firmeza:
-És minha.
Eu, que já não poderia reagir, simplesmente aceitei.
Sou dele.

Fim da história."

sábado, 29 de agosto de 2009

De algo que eu não sei o nome...


Passei um dia ótimo, com amigas que adoro, mas cheguei em casa com um sentimento que não sei explicar...

De acordo com a Wikipédia, não tenho solidão pq essa implica uma certa reclusão do convívio social, e eu estava com minhas amigas... Menos um.

Pode ser saudade, falta de alguém... Carência... Mas ainda não é isso...

Como eu achei aqui pela net o "sentimento de querer uma companhia", mas não qualquer companhia... Mas ainda não expõe tudo...

Enfim...

Seguem trechos de textos com os quais eu consegui me identificar, por sentir algo que não sei definir...


"Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

(...)"

Pablo Neruda

"Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega."

Arnaldo Jabor



Mas a verdade, a verdade nua e crua mesmo... É que estou faminta de amor...

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Da conversa (ou quase isso)...

25/08/2009

preciso ir ai pra falar com vc quando eh q da?

:-O
Tô boba
kkkkkkkkkkkkkkkkkk

ahahuaua

vc n vai me enrolar mais 20 anos?
:-O

nao nao
diga
quando eh q vc nao tem aula de tarde??



26/08/2009

Eiiiiiiiiiiii adorei ver vc hj! =DD

opa!!
Hheheheh

tempo da porra!


(...)

q a gente nao se ve

1 ano né?

(...)

foi mto bom ver vc, estava c mta saudade

foi bom mesmo pra conversar e se entender

vc falou o q tinha pra falar comigo?

falei nao tinha nada de mais

sério?

serio

hummm, acho q n

pq nao??

a gente n falou nd sobre tipo, a gente pensei de vc querer saber mais alguma coisa sei lá

mas sobre isso eu to resolvido a gente terminou e foi melhor assim
pra gente nao se magoar mais

eu acho q td é uma questão de fase

mas acho q essa se
ria uma conversa mta profunda pra ser pelo MSN

se vc quiser falar tudo bem

n acho q ficou td bem-resolvido sabe?

mas eu to em outro momento e pra mim ja ta resolvido

n pense q eu acho q a gente deve voltar

eu sei

mas conversar, sei lá algumas coisas q n foram ditas

mas eh q eu prefiro nao conversar sobre isso
nao acho q va agregar muita coisa


td bem então

mas se vc quiser falar, tudo bem...


é, n sei se é apropriado sacou?
desde a época q a gente terminou eu pensei mta coisa de qdo vc voltasse

q a gente iria conversar sobre a gente, ain
da q estivessemos em outro momento, sei lá
mas deixa quieto


quem sabe q gente nao conversa sobre isso depois





Quer saber o q eu acho mesmo?
Posso falar td?
Será q vc aguenta?

Enfim...

O q eu acho é q vc n superou, acredito q esteja em outro momento, mas vc (assim como eu) ainda tem dúvidas sobre a gente, e quer saber? Isso é normal! Namoramos muito tempo, qdo estávamos muito novos e mesmo assim assumimos o compromisso...

E a verdade é uma só, com todos os problemas (q n eram poucos...) fomos felizes, nos amamos, nos entregamos...

Foi intenso, bonito e eu só guardo boas recordações.

Talvez por isso eu esteja confusa, fiquei mexida com o nosso encontro, um misto de sensações, sentimentos, novas percepções da pessoa q vc se tornou...

Não se engane, não sou a mesma de um ano atrás. embora vc tenha dito q eu continuo igual... A aparência talvez, mas o interior está sendo totalmente reformulado, e isso infelizmente vc n viu...

Talvez justamente por isso as coisas pudessem ser ainda melhores agora, mas n sei, n sei de nd... N sei se ainda seríamos felizes juntos ou o q, mas saiba q n ignoro a possibilidade de tentar, ou um reencontro daqui a alguns anos... Ou n... Who knows?

Não sei conviver c frieza, logo n me trate como se eu fosse uma amiga qq, nos namoramos ok? Temos/tínhamos uma intimidade, q eu pelo menos, dificilmente vou conseguir desenvolver c outra pessoa... Aquele grau de sinceridade extrema, uma certa ingenuidade até...

Mas....... Mesmo assim......... Ainda foi mto bom ver vc...

Saudades do q nós fomos...

Com muito carinho

Da sua eterna Xãozinha

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

De tudo que vai... E volta...




"Passou-se um ano desde a última vez em que se viram.

Minutos antes do reencontro ela mal podia se conter, mil pensamentos, mil perguntas, dúvidas, suposições. O porque de ele ter marcado aquele encontro não lhe saía da cabeça, como ele estaria e tudo o que tinha acontecido naquele ano, e nos 4 anteriores também.

Ao vê-lo, ainda meio ao longe, decretou: “Lindo como antes.”

Na conversa a mesma intimidade de antes, a mesma cumplicidade e reconhecimento de antes, as mesmas brincadeiras e risadas. Mantiveram-se no trivial, nada de falar sobre os dois.

Haveria alguma coisa ainda por dizer?

Na despedida, um abraço afetuoso, recomendações de cuidado e aquela gentileza de sempre.

No peito dela a pergunta:


E agora?


E um irresistível gostinho de quero mais..."

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Da música...


SINTO FALTA DE VOCÊ - VICTOR E LÉO

Parecia muito fácil
A gente ficar junto
Mas foi tudo pro espaço
Nesse engano absurdo
Você ficou tão diferente
E aquele sonho da gente
Mesmo não sendo mais seu
Não morreu

Refrão:
Sinto falta de você
E a palavra que me cura
Ninguém vai dizer
Cada coisa que eu consigo
Quero dividir contigo
Não vai ser fácil esquecer
Esquecer você



Essa postagem foi meio problemática pra sair... Tive muita vontade de botar essa música desde o momento q a ouvi pela primeira vez hj (e acreditem, ouvi muuuuuuuuuuuuitas vezes)... Mas tb fiquei c medo do q pudesse parecer, do q as pessoas poderiam pensar ao ler e tal...

Enfim... PESSOAS QUERIDAS!!! Sintam-se a vontade pra pensar o quiser... A música está aí e eu aqui pra qq esclarecimentos... Ou n...


HAVE FUN!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Do encontro...




"E foi um encontro.

Mas não um daqueles casuais que costumavam ocorrer.

Mais que um encontro físico, duas almas se encontraram e se reconheceram...

Ali, naquele lugar, olhos nos olhos, lhes parecia que toda sua existência pregressa tinha intencionalmente convergido para que ocorresse aquele momento.

Ali, naqueles olhos, o tempo parou...

E somente eles souberam, e por um breve momento apenas, que o que ocorria ali era amor."

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Das bolas de sorvete... (e de todo o resto...)


"Duas bolas, por favor – Danuza Leão

Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir sorvete de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente uma bolinha minúscula do meu sorvete preferido.

Uma só.

Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa. Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um litro de sorvete bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O sorvete é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.

A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.

A gente sai pra jantar, mas come pouco.

Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.

Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de ‘fácil’).

Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.

Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.

Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar.

E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em ‘acertar’, tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação…

Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão…

Às vezes dá vontade de fazer tudo ‘errado’.

Deixar de lado a régua,
o compasso,
a bússola,
a balança
e os 10 mandamentos.

Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.

Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim: ‘Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora’…

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar várias bolas de sorvete, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo.

Um dia.

Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga:
cinco bolas de sorvete de chocolate,
um sofá pra eu ver 10 episódios do ‘Law and Order’,
uma caixa de trufas bem macias
e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente. OK?

Não necessariamente nessa ordem.

Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago..."



Quanto tempo se perde sendo "politicamente correto"??? Fazendo tudo que as pessoas gostariam/ esperariam que a gente fizesse...

Quanta vida se perde... Quantas oportunidades...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Do depoimento...



Uma grande (não exatamente no tamanho) amiga deixou na minha página do Orkut como depoimento...


Márcia: http://www.youtube.com/watch?v=FmG7QM0lFA8&feature=related
que fofo!!! =)
o final tinha no meu caderno, na nossa época de cursinho!
super lembrei de vc!
bjooo


No link a belíssima poesia abaixo:


Viver não dói - Carlos Drummond de Andrade

Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz.
Sofremos por quê?

Porque automaticamente esquecemos
o que foi desfrutado e passamos a sofrer
pelas nossas projeções irrealizadas,
por todas as cidades que gostaríamos
de ter conhecido ao lado do nosso amor
e não conhecemos,
por todos os filhos que
gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,
por todos os shows e livros e silêncios
que gostaríamos de ter compartilhado,
e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados,
pela eternidade.

Sofremos não porque
nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres
que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo,
para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe
é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que
poderíamos estar confidenciando a ela
nossas mais profundas angústias
se ela estivesse interessada
em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu,
mas pela euforia sufocada.

Sofremos não porque envelhecemos,
mas porque o futuro está sendo
confiscado de nós,
impedindo assim que mil aventuras
nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e
nunca chegamos a experimentar.
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais!!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade..

A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional.



Algum (pouco) tempo depois ela manda pra minha página de recados...



Canção - Emílio Moura

Viver não dói. O que dói é a vida que se não vive.
Tanto mais bela sonhada,
quanto mais triste perdida.

Viver não dói. O que dói é o tempo, essa força onírica em que se criam os mitos que o próprio tempo devora.

Viver não dói. O que dói é essa estranha lucidez,
misto de fome e de sede
com que tudo devoramos.

Viver não dói. O que dói,
ferindo fundo, ferindo,
é a distância infinita entre a vida que se pensa e o pensamento vivido. Que tudo o mais é perdido.



Lindas não??? Fiquei mto comovida c as duas, mas c alguns questionamentos tb... Por exemplo:

"A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional"

Existe aquela pessoa auto-mutiladora q realmente escolhe sofrer?

Outra coisa, as duas falam pelo sofrimento causado pelas coisas não vividas, mas que foram imaginadas, sonhadas, enfim... Então o q seria "o certo"? Não sonhar?

Estava pensando sobre isso exatamente no dia em que Márcia me mandou o primeiro texto, por isso mesmo me comovi muito ao ver o vídeo... Mas, e aí? Sem sonhos, imaginação, o q nos resta?

Acredito q a frustração de um sonho não realizado é menos pior do q uma vida sem sonhos... Mas, quem sou eu pra questionar Drummond?

Não sei se me fiz entender, mas é isso aí... Quem quiser ajudar a resolver esse embolado aqui seja bem-vindo a deixar um comentário c sua opinião...

No mais... É aquilo mermo, n muda nd... kkkkkkkkkkk...

Beijooo

P.s. Márcia minha linda, muito obrigada por tudo... Uma poesia q se oferece a um amigo tem um significado mto grande e q honra a minha de merecer 2 tão belas... Love U!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Da paciência... (ou falta dela)


Eis que (ironicamente) surge no meu perfil do Orkut...

Sorte de hoje: A paciência é a arte da esperança

Paciência???

De acordo com a Wikipédia, "Paciência é uma virtude de manter um controle emocional equilibrado, sem perder a calma, ao longo do tempo. Consiste basicamente de tolerância a erros ou fatos indesejados. É a capacidade de suportar incômodos e dificuldades de toda ordem, de qualquer hora ou em qualquer lugar. É a capacidade de persistir em uma atividade difícil, tendo ação tranqüila e acreditando que você irá conseguir o que quer, de ser perseverante, de esperar o momento certo para certas atitudes, de aguardar em paz a compreensão que ainda não se tenha obtido (...) capacidade de se libertar da ansiedade."

A pergunta que não quer calar:




Como ter paciência se eu não sei ESPERAR???????????????????????




Paciência - Lenine

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós

Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)

Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei,a vida não para (a vida não para não... a vida
não para)

http://www.youtube.com/watch?v=e91If3e4AsM

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Do romantismo...


"Eu estava indo de Nova York para Chicago, rumo a feira de livros da American Booksellers Association.

De repente, um rapaz fica em pé no corredor do avião: “Preciso de 12 voluntários”, disse. “Cada um vai carregar uma rosa, quando aterrissarmos”.

Várias pessoas levantaram a mão.

Eu também levantei, mas não fui escolhido. Mesmo assim, resolvi acompanhar o grupo.

Descemos, o rapaz apontou para uma moça no saguão do aeroporto de O’Hare.

Um a um, os passageiros foram entregando suas rosas para ela.

No final, o rapaz pediu-a em casamento na frente de todos, e ela aceitou.

Um comissário de bordo comentou comigo: “Desde que trabalho aqui foi a coisa mais romântica que aconteceu neste aeroporto”."

Paulo Coelho


Do pôr-do-sol...



"E não importava onde ela estivesse, o pôr-do-sol já não era o mesmo...

Embora ainda se encontrasse admirada pela beleza daquela paisagem avermelhada, em seus olhos já não havia a mesma inocência...

E mesmo que nunca venha a ter certeza, algo dentro dela diz que para ele também é assim..."

sábado, 1 de agosto de 2009

Das torturas propositais...


Alguém me explica por favor pq qdo o ferro está quente, vc sabe q está quente e mesmo assim bota o dedo pra conferir?

Eu, como uma boa exagerada, devo botar a mão inteira... E ainda deixar uns 2 minutos lá pra ter bastante certeza...

Essa foi uma boa metáfora q eu encontrei pra aquelas famosas "torturas propositais", um misto de curiosidade e sofrimento... É aquele tipo de comportamento em q faz mal, vc sabe q faz mal, vc sabe q vai se sentir mal depois de fazer e mesmo assim faz...

Em busca de q?
Certeza?
Certeza de q?

E depois?


"O ciúme é irracional: alimenta-se do seu próprio sofrimento e é como se só conseguisse saciar-se e acalmar-se quando tudo o que de pior imaginou se torna real e nítido e visível. O ciúme é uma dúvida doentia que cresce como um cancro e a que só a certeza de já não haver lugar para dúvidas pode trazer, pelo menos, o bálsamo de pôr fim a essa angústia, a esse enxovalho de viver permanentemente à procura dos sinais da traição. Quanto mais chocante for a evidência, quanto mais real for o real da traição, mais o ciúme se sente recompensado, redimido, quase digno de respeito."

Trecho do livro EQUADOR de Miguel Sousa Tavares

Mas não é...




* Confuso c as 2 imagens??? Pois é... Eu tb!!! Achei as 2 perfeitas e n soube escolher uma pra postar, eis aqui as 2... ;)